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Na era pós-internet, a velocidade é o nome do jogo

Muitas empresas ainda acreditam que podem sobreviver sem a presença digital e sem fazer uso das redes sociais

Autor: Luiz Alberto FerlaFonte: Revista IncorporativaTags: empresariais

O mundo foi dividido em duas eras: antes e pós-internet e agora o nome do jogo será velocidade, porque qualquer um pode inovar e as mudanças acontecem sem pedir permissão. Neste cenário, as empresas precisam ficar atentas - as mais lentas serão devoradas pelas velozes. Antes da rede, o mundo era muito mais simples e os planos funcionavam bem. Hoje, a maioria das grandes mudanças tornou-se imprevisível e é preciso estar atento e ver como as pessoas usam a internet. Muitas vezes, é de um jeito que você não espera, já que a rede é formada por peças soltas que se conectam sem que nada seja planejado. 

Estamos vivendo um ponto de virada tão relevante como a revolução provocada pela invenção da prensa por Gutemberg no século XV, que levou a humanidade da fase feudal para a Era Industrial. Os líderes de velhos paradigmas estão encontrando dificuldades em abraçar a mudança, entrar neste novo mundo. 

Muitas empresas ainda acreditam que podem sobreviver sem a presença digital e sem fazer uso das redes sociais. Estão enganadas. Não há futuro para a empresa que não busque formas de relacionamento nas redes sociais. Mas é preciso saber o que dizer ao consumidor para criar uma boa percepção da marca. Na rede apenas as boas e relevantes histórias são compartilhadas. 

O importante é focar no que é relevante, no que faz sentido para o consumidor e, principalmente, motivá-lo a se engajar e interagir com a empresa, por meio das suas experiências. Consequentemente, essa troca de informações contribui para a melhoria contínua dos produtos, serviços e para fortalecer a imagem das organizações. 

Se a internet potencializa o desejo dos consumidores de se expressarem e muda sua relação com as marcas, estas, por sua vez, precisam se perguntar: por que o que faço é importante? Por que o consumidor desejará compartilhar em sua rede social? Mais do que conectadas, as pessoas utilizam a internet para exercer seus direitos com mais intensidade, sem receio. 

É nesse cenário que as empresas precisam atuar com agilidade, focando os desejos dos consumidores, que mudam constantemente, e interagindo com eles. Acompanhar esse ritmo é o grande desafio, já que não basta apenas dominar o presente, é necessário antecipar o futuro. Muitas vezes a saída está em mudar a empresa internamente, ou até mesmo o propósito fundamental da companhia. Para os líderes que quiserem sobreviver, a ordem é criar o novo e aprender a identificar e encontrar as mudanças. E o novo está na web. É lá que sua empresa também precisa estar. 

A Internet já é o “continente” mais populoso do planeta, com 2,3 bilhões de “habitantes”, e sua maior Rede Social, o Facebook, é o 3º maior “país” do mundo, ultrapassando a marca de 1 bilhão de usuários, no dia 14 de setembro deste ano. Neste novo continente, repleto de vias duplas de comunicação, todos podem construir, escrever, falar e serem ouvidos, vistos, lidos. O número de pessoas com acesso à internet no Brasil já soma mais de 83,4 milhões. Essas pessoas passam cerca de cinco horas por dia nas mídias sociais e fazem uso cada vez mais diversificado delas. Temos ainda a geração NET, com seu desenvolvimento cerebral afetado pelas novas tecnologias. Para os que têm menos de 16 anos, o e-mail já é obsoleto. Eles se comunicam em redes sociais, em tempo real. 

A chegada da internet também reduziu radicalmente os custos da colaboração em rede e, por consequência, estabeleceu um ambiente mais propício para a inovação constante, imprescindível para o crescimento das empresas. É importante estimular a inovação, nutrindo a marca, para que ela continue viva. No mundo pós-internet as pessoas demonstram preferência por marcas sustentáveis. O setor empresarial pouco tem feito nesta direção, mesmo sendo o mais poderoso dos protagonistas do desenvolvimento sustentável. 

Para ter sucesso na web, seja sustentável e conte boas histórias, sem esquecer que vivemos num mundo de mudança rápida. Amanhã tudo pode ser diferente.